Japão aprova teste inédito no mundo com células iPS humanas
Células da pele humana seriam transformadas em tecido da
retina.
Foco da pesquisa é ajudar pacientes que sofrem degeneração na visão.
Foco da pesquisa é ajudar pacientes que sofrem degeneração na visão.
Um comitê do
Ministério da Saúde do Japão divulgou nesta quinta-feira (27) que aprovou o
primeiro teste clínico do mundo com células pluripotentes induzidas (iPS)
humanas, o que pode ampliar os horizontes da medicina regenerativa.
O governo deu o
sinal verde para a solicitação apresentada conjuntamente pelo Instituto Riken
de pesquisa e a Fundação para a Pesquisa Biomédica para estudar a possibilidade
de regenerar a retina humana mediante o uso dessas células, que têm a
capacidade de se transformar em qualquer tipo de tecido.
O estudo poderia
começar ainda este ano, já que só é necessária a aprovação final do ministro da
Saúde, Trabalho e Bem-estar, Norihisa Tamura. De acordo com a publicação
"The Japan Times", a doutora Masayo Takahashi, oftalmologista que
lidera a equipe do departamento de regeneração retiniana do Instituto Riken, é
que vai dirigir o estudo em Kobe.
O projeto
consiste em extrair amostras de pele humana e a partir delas extrair células
iPS. Essas células seriam programadas para se transformarem em tecido da
retina, que seria implantado depois em pacientes que sofrem uma degeneração
relacionada com a idade.
Este problema,
que atualmente afeta 700 mil pessoas no Japão, provoca danos na retina e leva à
perda da visão. A descoberta das células iPS abriu as portas para que este
instituto solicitasse em 2012 o primeiro estudo clínico da história em humanos
utilizando essas células, que no futuro podem levar a enormes avanços na
medicina regenerativa e personalizada.
O pioneiro na
geração das iPS, o japonês Shinya Yamanaka, foi agraciado em 2012 com o Prêmio
Nobel de Medicina pelo método que desenvolveu para criar este tipo de células
mediante a reprogramação de células maduras.
Isto resolve, em
princípio, o problema ético de se trabalhar com células-tronco de embriões que,
assim como as iPS, também têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo
de célula.
Fonte: G1 Globo
Data da postagem original: 27/06/2013
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